Pedimos ao David Rosa que testasse o grupo XTR, com o qual vai competir durante o ano de 2013. Aqui ficam as suas palavras acerca do grupo topo de gama da Shimano para 2013:
"Fiabilidade, rigidez, baixo peso e… já disse fiabilidade certo?
Este ano, conforme já anunciei, vou usar o grupo Shimano XTR em ambas as bikes (treino e competição). Apesar de já saber de antemão que o peso é ligeiramente superior face à concorrência, só de me lembrar dos problemas de fiabilidade que tive nos últimos anos leva-me a não pensar duas vezes em fazer esta alteração. Com efeito, e já com alguns kms na bike de treino, é tudo aquilo que esperava a nível de rigidez, mas não de fiabilidade. A rigidez é sem dúvida superior mas confesso que era algo que já esperava, pois tinha um bom feedback de quem já tinha usado (particularmente a pedaleira). Contudo, a fiabilidade tanto na passagem das mudanças como (e sobretudo) nos travões? Para isso não estava preparado não! Se vos dissesse que, até agora, com bastante chuva, lama e um uso com trocas de mudanças tudo menos suaves, ainda não precisou de ser afinada acreditavam? Há um mês atrás posso dizer que eu não, mas estava redondamente enganado. Começando pelos travões… uma coisa que me chateava era a necessidade constante com que os meus anteriores precisavam de afinação para não ficarem a roçar no disco. No final de cada prova, de um treino numa pista mais dura o mais normal era isso acontecer. Ora se começarem a roçar no disco a meio de uma prova na prática parte da força que está a ser feita nos pedais não está a chegar onde deve, estando a ser dissipada nos travões. Isto sobretudo para quem compete, a qualquer nível, é um contrassenso total. Estes travões até agora com treinos técnicos em zonas rochosas, lama, uma ou outra queda e alguns encostos no transporte no carro ainda não precisam de afinação. Quanto à potência de travagem é algo espectacular. Acrescento apenas que a potência que verifico nos XTR está também presente nos XT e é similar à dos SLX.
Falando da troca de mudanças… ainda me estou a adaptar ao facto de poder abusar. Ou seja, posso trocar o andamento atrás e à frente em situações mais complicadas, por exemplo quando já iniciei uma subida, em situações de lama, etc. Noto também que a corrente simplesmente não “salta” da pedaleira. O ano passado no Campeonato Nacional em Rio de Mouro no final de algumas descidas a corrente saía da pedaleira… algumas vezes consegui recoloca-la em andamento, outras tive mesmo que parar. Muitas vezes acabava a descida e ia a olhar para baixo para ver se a corrente estava colocada. Com este grupo, até agora nunca aconteceu. Isto deve-se em grande parte à acção da patilha de incremento de tensão na corrente que faz com que esta fique sempre em tensão, diminuindo (ou eliminando pelo menos até agora) o risco desta saltar da pedaleira por acção da trepidação.
Gosto também da possibilidade de poder baixar duas mudanças de uma vez com um “click” no manípulo. Isto já existia no anterior grupo XTR, mas é algo a que dou valor pois quando acabo de fazer uma subida facilita o ganho de velocidade. É uma pequena diferença, mas que eu noto bastante. A rigidez da pedaleira é algo muito superior ao que já usei. Simplesmente fantástica, notando-se particularmente em subidas feitas de pé. No entanto, ainda estou a acertar nos andamentos para roda 29, mas posso dizer que uma alteração que vou fazer é colocar um prato de 38 dentes ao invés de 40. Isto porque acaba por ser um pouco pesado demais para poder fazer algumas subidas sem tirar o prato grande. Para maratonas ou circuitos com menos topos, aí sim, 40 dentes pode ser melhor.
Resumindo um pouco: o grupo XTR apesar de na sua totalidade ser ligeiramente mais pesado que a concorrência (topo de gama) ganha no terreno pelo grande aumento de rigidez, fiabilidade excepcional para um grupo tão leve e segurança na troca de mudanças."
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