"Olá a todos,
Como é costume o mês de Abril foi riquíssimo em competições. No total 4 provas em 3 fins-de-semana: um Triatlo e três Duatlos, todos eles provas do Nacional de Clubes. Na entrada para o novo mês, o objectivo era elevar as cores da equipa e assumir a liderança do Campeonato, primeiramente, e depois prova a prova, reforçá-la. Missão cumprida: à data de hoje somos líderes confortáveis tanto em femininos como em masculinos. YEAH!
Abril iniciou-se em Quarteira, com um Triatlo, o segundo da época. Como já vos tinha confessado, guardo sempre boas memórias desta etapa: além de adorar a prova em si, costumo sair de lá sempre satisfeita com o meu esforço. Este ano não. Momentos antes do arranque, a família triatleta perdia um dos seus impulsionadores; eu perdia um dos meus mentores. Pela sua bravura e paixão à competição, fiz-me à prova, apática, é verdade, mas com dedicado empenho em homenageá-lo. Saí algo atrasada dos 750metros de natação, em 6º, mas assim que montei na Amira fui recuperando posições até me chegar à 1ª classificada. Foi um ciclismo duro, com muitos retornos e ataques, mas que me correu de feição. Comecei a correr com poucos segundos de vantagem, mas cedo os perdi, acabando no 2º lugar da geral. Ainda assim, fui a 1ª atleta sub-23 na linha de chegada.
Duas semanas depois, e sem muito mais treino, rumei a Fátima desta feita para um dupla jornada. A cumprir: um Duatlo Sprint (5km/20km/2,5km), no Sábado, e um Super-Sprint (metade da distância), no Domingo.
Na primeira prova, o São Pedro brindou-nos com tudo: chuva, muito vento, frio, granizo; tudo menos sol e calor, quase imperiosos para a modalidade. Surpreendentemente, e pela primeira vez depois de ter contraído uma fractura de stress, corri bem na 1ª corrida, chegando ao parque de transição em 2º lugar, acompanhada de outra atleta. Pegámos nas nossas Amiras com confiança e ambição. Inicialmente percurso era algo perigoso, mas depois, excepção feita para os apertadíssimos retornos, pouco mais dificuldades havia. Perto do meio do segmento, chegámos à 1ª atleta e até final rolámos as três juntas, adiando a decisão até à corrida que, dessa feita, não me saiu nada bem. Acabei novamente a poucos segundos da atleta que seguia à minha frente, em 3º lugar. Mais uma vez, venci as sub-23. No Domingo, era a vez da prova por estafetas, em que cada elemento (num total de 3) tinha a cumprir um mini-Duatlo. A grande velocidade, estas provas são sempre feitas com “alma na guelra e sangue na boca”. A mim cabia-me a posição complicada de ser o 1º elemento da equipa, aquele que não pode mesmo “enterrar”. Apesar da prova do dia anterior, as pernas reagiram muito bem. Mais uma vez, aproveitei os 8km de bicicleta para recuperar a minha má forma da corrida e entregar o testemunho em posição não-compromedora.
A quarta, e última, prova foi na nossa “casa-mãe”, Torres Vedras; mais uma vez um Duatlo mas agora na distância Standard (10km, 40km, 5km). Nunca tinha competido nesta distância: Duríssimo! Aqui a corrida inicial não me correu nada bem e não cumpri com o que me competia: marcar a 1ª atleta da equipa adversária. Sem stress; nada estava perdido. Montei-me na Amira de forma muito atrevida. Sabia que dificilmente aguentaria aquele ritmo durante todos os 40 km, mas era um esfoço fulcral, senão teria de andar o resto do segmento em luta solitária contra o vento. Agarrei o grupo da frente e depois já nele, deixando as restantes adversárias para trás, juntei-me à 2ª classificada. E se nesse dia eu estava ciclista; o meu ego crescia a cada volta! Comecei a 2ª corrida mais uma vez no 2º posto; mais uma vez cai para o 3º, a poucos segundos. Ainda assim sagrei-me Campeã Nacional de Duatlo Sub-23, título que nunca havia conquistado.
Como balanço, foi um mês super-positivo. As sensações foram melhorando com as provas e os objectivos foram mais que cumpridos.
Falta agora um mês para a próxima prova (20 de Maio), a 1ª Etapa do Nacional Individual. Resta-me aproveitar a pausa para fazer aquilo que se torna impossível com tanta prova: Treinar. O meu objectivo é melhor na corrida, para deixar de tornar vão todo o esforço que, durante as provas, faço na Amira. Aproveitar também para disfrutar de voltas mais longas e juntar-me a vós nos diversos passeios da Movefree :)
Para mais aventuras passem no meu blogue.
Bons Treinos,
Joana Marques
p.s: Muito obrigada a todos os companheiros Movefree que por mim puxaram em Torres. Valeu malta!"
Alpiarça recebeu este Domingo o primeiro Triatlo de 2012. Numa distância de 750 metros a nadar, 20 quilómetros de bicicleta e 5 quilómetros a correr, esta prova marcava não só o iniciar da minha época (uma vez que estava, desde Dezembro, a braços com uma pequena lesão) como também o meu “regressar” a provas da modalidade.
Apesar dos cerca de 350 participantes, não houve, à partida, separação de sexos; pelo que homens e mulheres partiram juntos num só pelotão. Isto, além de ter levado a que houvesse muito contacto físico no segmento de natação – ao qual até escapei – fez com que o de ciclismo tivesse preponderância aumentada. Apesar de ter perdido logo na transição um pelotão-chave, consegui, já em cima da bicicleta, integrar um grupo recheado de ciclistas e rolar com eles a alta velocidade.
Desta forma, fui recuperando algumas posições, aproximando-me dos primeiros lugares da tabela classificativa. Mas o percurso muito técnico e rico em curvas, tornavam o acompanhar do grupo muito complicado e algo táctico: não tendo nós, mulheres, mesmo por questões fisionómicas, a mesma capacidade de explosividade dos homens, torna-se muito importante abordarmos cada curva bem posicionadas dentro do grupo, para sermos capazes de responder aos seus ataques.
Foi isso que tentei sempre fazer; Mas, apesar de me sentir com força, confiança e de poder contar com a grande rigidez e reacção da trupe Amira&Roval, acabei por descolar numa das descidas ficando, até à entrada da corrida, a trabalhar com duas outras raparigas, que, ainda para mais num dia algo ventoso, sentiram como eu dificuldades em acompanhar os homens, perdendo alguns segundos.
A entrada para corrida foi bastante rápida, beneficiando eu dos super-eficazes e fáceis de descalçar, sapatos Tri-Vent de senhora. Contudo, infelizmente, não consegui aproveitar o balanço e acabei por fazer um segmento de corrida (durante o qual levei uma penalização de 15 segundos) um pouco aquém do que me é habitual.
No final, apesar de saber que tenho capacidade para fazer melhor, fiquei bastante satisfeita com o meu resultado. Venci o meu escalão (sub-23 femininas), fui 5ª da geral e a minha equipa foi 3ª.
Para este tipo de prova, muito rápida, em circuito e com desníveis variados a escolha da Amira S-Works, toda ela equipa com componentes Specialized e rodas Roval SL tornou-se a mais certeira. Desenhada para senhoras, a bicicleta revelou-se super-competitiva: muito leve, muito rígida, muito segura de si e reactiva na hora de responder às sucessivas variações de velocidade e ataques impostos pelo grande pelotão. Da mesma forma, as rodas mostraram-se impecáveis na hora de enfrentarem o vento lateral e se lançarem às curvas. De muita importância para o Triatlo, destaco ainda o extremamente confortável selim Ruby Body Geometry Gel, também ele desenhado para senhoras.
Segue-se, dentro de duas semanas, o Triatlo de Quarteira, prova da qual guardo deliciosas recordações. Espero ver-vos por lá. Até lá, boas pedaladas!
Joana Marques é triatleta e Campeã Nacional Absoluta de Triatlo em 2009. Começou a ser utilizadora regular de bicicletas após iniciar-se no triatlo, em 2005. A partir de 2007, quando começou a definir objectivos mais ambiciosos, começou a surgir com mais força o prazer de pedalar. A Joana pedala porque gosta do prazer de competir e pela sensação de liberdade ao treinar. Como tal, utiliza utiliza uma Specialized Amira. Aqui ficam as suas impressões acerca desta bicicleta:
Utilizadora, tipo de andamento, regularidade:
Confesso que até entrar para o Triatlo, em 2005, não era uma utilizadora regular de bicicletas. Desde então, e sobretudo a partir de 2007, quando passei a definir objectivos mais ambiciosos, comecei a treinar com maior consistência e afinco e, naturalmente, surgiu o prazer e paixão pela sensação de liberdade sentimos ao pedalar. Como sou estudante, durante a semana tenho de fazer alguns dos treinos sozinha. No entanto, sempre que posso, e aos fins-de-semana costumo pedalar com grupos de outros triatletas e amigos de diversos clubes, diversas distâncias e com diversas conquistas pessoais e objectivos. Pela minha fisionomia, e talvez por morar perto da fantástica Serra de Sintra, os meus percursos predilectos são os mais duros, com subidas longas e progressivas. Gosto de pedalar p.e. pela Serra de Sintra, por Mafra, Torres, Ericeira entre outros.
Bicicleta:
Amira S-Works, durante a época de 2011-2012, em estrada. No Triatlo pedalamos em terrenos com as mais variadas topografias. Do nosso calendário fazem parte desde provas rolantes junto à praia a provas com duras subidas no interior do país. Por essa razão, o meu treino acaba também por abranger todo o tipo de percursos. As distâncias nas quais compito são compostas por 20 ou 40km de bicicleta. Os meus treinos oscilam entre a 1h30 e as 3h30; mas o mais normal é treinar cerca de 2h.
Look and feel
Simplesmente linda. Na minha opinião, o facto de ter uma linha muito discreta, simples e subtil dá-lhe um encanto muito próprio e um ar muito competitivo, o que a distingue das demais bicicletas de mulher. Principais características são o quadro S-Works em carbno FACT 10r e geometria a pensar nas senhoras, forqueta S-Works Amira FACT em carbono monocoque, coluna cónica 1-1/8” a 1-3/8”, conjunto Shimano Dura-Ace, pedaleiro S-Works Crankset e pratos 50x34D, Cassete Shimano Dura Ace, 10-velocidades, 12-27D Conjunto de rodas é Roval Rapide SL. O Selim Ruby Body Geometry Gel é também ele pensado e desenhado para mulheres.
Utilização:
A primeira sensação que tenho ao sentar-me na bicicleta é que ela foi pensada, desenhada e construída para mim. Sinto-me completamente “encaixadinha” na bicicleta; somos um só bloco, o que me confere um conforto, segurança e agilidade surpreendentes. Sempre de forma exímia em todos os tipos de terreno. Mas, pelo facto de ser pensada em nós mulheres, eu destaco a leveza e conforto que proporciona a subir e a rigidez, agilidade, precisão e segurança a descer. Destaco ainda o facto de me transmitir a sensação de que cada watt por mim aplicado é eficaz e eficiente, não havendo desperdícios em termos de esforço físico e de energia. Senti claramente a minha performance no treino melhorada desde o primeiro treino.
Componentes:
Todos os componentes estão verdadeiramente à altura da excelência do quadro. A combinação do melhor da Dura-Ace, com o super leve e resistente pedaleiro S-Works Crankset confere um conjunto de grande qualidade, fiabilidade e de acessível manuseio. Por ser bastante rígido, o pedaleiro torna-se ainda muito eficaz na hora de transferir potência e não desperdiçar Watts. As rodas são igualmente bastante leves, aerodinâmicas e resistentes; o ideal para as muito variáveis topografias e tipos de asfalto que encontramos no Triatlo. Apesar de ser muito rígida, é extremamente leve, aliás como aparenta.
E porque o triatlo é um desporto em ascensão pelo qual muitos utilizadores de bicicleta têm interesse ( não fosse parte dele constituído por um percurso em cima do nosso veículo preferido!), aqui fica um pequeno texto de introdução ao triatlo, escrito pela Joana Marques, atleta MoveFree:
De uma forma muito lata, e por definição, o triatlo é uma modalidade composta por três desportos sem que, entre eles, haja paragem do cronómetro. Relativamente recente, tornou-se olímpica apenas em Sidney-2000 e sofreu, nos últimos anos, um enorme boom evolutivo. Para trás já lá vão os tempos do “Teatro” ou do “Desporto para loucos”; hoje o Triatlo, com muito mérito, faz parte do saber da nossa sociedade, sendo apontado com um dos desportos do novo milénio.
O caricato é que, na sua génese, o Triatlo surgiu como um duro teste, cujo objectivo era descobrir qual o atleta mais completo, mais resistente e mais forte. Para isso, cada um tinha de cumprir 3800 metros a nadar, 180 km de bicicleta (sem roda) e concluir com uma maratona; quem chegasse ao fim era considerado um verdadeiro Homem de Ferro. Hoje em dia existem vários tipos de prova com diversas distâncias, tornando-o acessível a todos quantos gostam de desporto, independentemente da idade, do sexo ou forma física.
Sem querer puxar a brasa à minha sardinha, podemos considerar que a distância central é a distância Olímpica, aquela que é disputada nos mais importantes campeonatos e composta por 1500 metros a nadar, 40 km de bicicleta em pelotão e 10 km a correr. A partir deste, passaram depois a existir também as distâncias Sprint, em que cada segmento da prova tem metade da distância; Super-Sprint, em que cada um é reduzido a um quarto; e Double, em que cada um é duplicado. Além do triatlo olímpico que consiste em 1500m natação, 40km bicicleta e 10km corrida, existem variantes: o Sprint em que cada segmento da prova tem metade da distância, o SuperSprint no qual cada segmento tem um quarto da distância, e o
Double, no qual cada segmento tem o dobro.
Qualquer uma destas provas pode ainda ser disputada em bicicletas de BTT, no Cross-Triatlo. Ainda, e não esquecendo a verdadeira origem do Triatlo, existem renhidos circuitos e campeonatos da distância Ironman (3800m a nadar, 180km de bicicleta e 42,195km a correr) e Half-Ironman (1900m, 90km e 21,1km), ambos disputados em formato de contra-relógio. Com uma dinâmica muito própria e engraçada, existem também provas primas-directas do triatlo. São elas: o Duatlo, em que o segmento de natação é substituído por corrida (ou seja, compõem-se de corrida, bicicleta e uma nova corrida); o Aquatlo, em que o segmento de bicicleta é eliminado; e o Aquabike, composto apenas por natação e bicicleta. Cada uma destas varia também nas suas distâncias, tipo de percurso e de formato.
Como vêem, a ideia de que o Triatlo é para super-atletas é puro mito. Do nosso calendário fazem parte provas para todos os gostos, objectivos e níveis de preparação; basta escolherem a que mais se adequa às vossas características.
Desafio lançado; Espero ver-vos na próxima prova! Até lá, boas pedaladas. Joana Marques