Já aqui tinhamos falado no serviço "B'ina" da EMEL, que permitia o aluguer de bicicletas aos utentes que possuiam avenças de estacionamento em parques da empresa. Contudo, segundo esta notícia do JN, a EMEL decidiu alargar o serviço também a clientes ocasionais e a todas as pessoas que pretendam deslocar-se de bicicleta pela cidade de Lisboa.
Foto: VeloBusDriver
Segundo o JN:
"As bicicletas podem ser alugadas em vários parques de estacionamento como os da Universidade, Campo Grande, Carlos Lopes, Biblioteca, Corpo Santo, Sete Rios, Colégio Militar, Teixeira de Pascoais e Portas do Sol. O serviço sugere aos condutores que estacionem o carro num dos parques e "sigam caminho" de bicicleta, seja para o trabalho, numa curta deslocação ou simplesmente por lazer.
O aluguer de bicicletas funciona nos horários dos parques e o preço para meio dia é de dois euros e para um dia inteiro de 3,50 euros. Para o fim-de-semana, o aluguer começa sexta-feira a partir das 14 horas e termina até às 10 horas da segunda-feira seguinte, custando oito euros. A EMEL cede também um capacete e um colete reflector no início do percurso, que devem ser devolvidos aquando do término do aluguer.
Nos dias úteis, não é necessária reserva."
Esperamos que esta medida tenha impacto junto dos habitantes da capital, para que pedalem cada vez mais no seu dia-a-dia.
Foto: hermenpaca
Boas pedaladas!
Foto: Matt Neale
Andar de bicicleta é mais rápido do que andar de carro - em Lyon, pelo menos. Essa é a conclusão de um estudo que analisa os dados do computador de bordo do programa bikesharing Vélo'v daquela cidade francesa, que possui 4.000 bicicletas, 350 estações, e 16.000 viagens diárias. Isto é ainda mais impressionante quando considerarmos que Lyon não é uma cidade especialmente amiga dos utilizadores de bicicletas, não possuindo uma única ciclovia.
O estudo, conduzido por investigadores na École Normale Supérieure de Lyon, analisou 11.600 mil viagens de bicicleta na cidade entre Maio de 2005 e Dezembro de 2007. O computador nas bicicletas do Vélo'v regista o local de início e término de cada viagem, bem como o tempo de viagem em geral.
De acordo com o blog do MIT Physics ArXiv, a velocidade média dos ciclistas foi cerca de seis quilómetros por hora (a velocidade média de um carro no interior de uma cidade europeia). Mas nas horas de ponta, os ciclistas viajaram mais rápido, com uma média de nove quilómetros por hora, batendo os veículos locais. Pela primeira vez, os autores do estudo têm a confirmação de que os utilizadores pedalam mais depressa entre as 7h45-08h45 durante a semana, sugerindo a pressa para chegar ao trabalho como justificação.
Os utilizadores foram especialmente rápidos nas manhãs de quarta-feira. Esta é provavelmente uma peculiaridade da cultura francesa, de acordo com os autores do estudo; as mulheres muitas vezes ficam em casa às quartas-feiras para cuidar dos filhos, sendo que nesse dia da semana a maioria dos utilizadores do sistema são homens, que pedalam mais depressa.
O factóide mais importante do estudo é o seguinte: as viagens de bicicleta entre dois pontos em Lyon são geralmente mais rápidas do que as viagens de automóvel no mesmo percurso, embora a cidade não tenha ciclovias. Isto sugere que os utilizadores tomam conta dos corredores destinados aos autocarros, passeios e andam em contra-mão nas ruas de sentido único. Este é o tipo de informação que é de valor inestimável para o planeamento urbano de decidir onde construir ciclovias.
Agora que as cidades estão a ficar cada vez mais mais integradas com os programas de "bikesharing", esperam-se estudos semelhantes para aparecer em outros locais. Espera-se que a cidade de Nova York, que tem como objectivo criar uma rede de 24 horas com aproximadamente 10.000 GPS wireless equipados em bicicletas, seja um tesouro de informações de planeamento urbano.
E se até o Darth Vader pedala...
Foto: Sanggi
Boas pedaladas!
Texto retirado da Fast Company