No dia 23 de Setembro, realizou-se mais um evento organizado pelos Amigos do Pedal-Clube BTT. O objectivo era efectuar o percurso em bicicleta entre a cidade de Torres Vedras e o Santuário de Fátima.
Numa manhã que começou com trovoada e onde estavam previstos ventos fortes com chuva, os Amigos do Pedal e convidados reuniram-se nas instalações dos Vinhos de Lisboa e iniciaram a partida em direção à cidade de Fátima pela Estrada Nacional. O início deu-se às 6:40 da manhã, com o sol ainda escondido, mas com um calor anormal que, entre a adrenalina da aventura e o de realizar objectivos pessoais, tornou o ritmo inicial bastante vivo.
Sem nenhum percalço e com a sorte de fugir às nuvem carregadas de chuva, lá fizemos o 1º abastecimento nas Caldas da Rainha com o belo pão com chouriço bem quente da região e um pouco de cafeína para reforçar o esforço que ai vinha. Mas estava destinado que, naquele dia, tinhamos de ser baptizados com uma chuva intensa, que aconteceu na subida da Tornada.
Tivemos de penar um pouco até chegar ao 2º ponto de abastecimento planeado, na cidade da Batalha. Por sorte a chuva tinha parado e aí o reforço foi maior, com o típico Arroz Doce que caracteriza as actividades do Clube. A partir daqui foi só subir até ao nosso destino final, o Santuário de Fátima, com uma média acima do previsto. Dessa forma e para aguardar o período que antecedia o almoço, os diversos participantes aproveitaram o tempo para realizar as tradicionais fotografias e pagar as sua promessas.
Mas o passeio não tinha chegado ao fim, pois a logística dos banhos e almoço seria no novo Centro de BTT em Pia de Urso a escassos 9 Km do Santuário. Fizemos questão de fazer o percurso mais uma vez de bicicleta e ai finalmente encostamos os veículos que nos proporcionou este desafio de 118 Km. Depois do merecido almoço, foi tempo de visitar o Centro de BTT e o EcoParque, onde usando o centro de interpretação de Pia de Urso para fazer os agradecimentos e entrega de Certificados de participação em mais um evento do Clube.
Para que fosse possível a realização do passeio tivemos a colaboração de algumas entidades, às quais queremos agradecer, como o caso dos Vinhos de Lisboa, Cyclopnet, Movefree, Gisela e Custodio, Henutal, Trigo Dourado, Centro de interpretação de Pia de Urso e, como em tudo o que fazemos, às nossas famílias.
Fotografias do passeio disponíveis através da página www.facebook.com/amigosdopedal
"Apesar da chuva, dirigimo-nos para o momento mais aguardado: a entrada nas Highlands. A via de montanha F26-Sprengisandur, totalmente offroad, espraia-se à nossa frente, em rectas intermináveis, subidas incontáveis, e solo desértico até perder de vista. Não sabemos que erupções ali houve, nem há quantos milhões de anos, mas tudo dizimaram à sua volta e não há um sinal de vida. O cinza acastanhado da paisagem inunda-nos os olhos, até termos a 1ª visão dos 2 glaciares entre os quais iríamos passar… Uma beleza que quebra a monotonia, num dia ensolarado mas frio, que nos leva durante 110kms até ao “hut de montanha” de Niydalur, no Parque Nacional de Vatnajokull, único abrigo em toda aquela extensão. É para nós um autêntico hotel de 5 estrelas, com “varanda” para os glaciares, onde chegámos exaustos e a raiar a noite. Mal sabíamos que íamos por lá ficar vários dias, até que um nevão inesperado e um vento assustador, nos permitissem rumar em direcção ao Norte.
O momento chegou ao 3º dia de espera, em que um vento Sul completamente a nosso favor nos empurrou literalmente durante 130kms, com as montanhas e caminhos nevados a completarem a moldura selvagem. Nestas paragens, até os jipes partem os eixos, e nós rompemos as pernas! Mas tudo passa no final, perante o espectáculo natural da Godafoss, ou cascata dos Deuses. É um colosso natural a que nenhum mortal pode ficar alheio.
Damos a volta ao Lago Myvatn no dia seguinte e constatamos a enorme diferença entre o Norte e o Sul deste país gelado: aqui tudo é verde e as famosas ovelhas e cavalos puro-sangue Viking, têm muito pasto e oferecem-nos belas fotos. Há água por todos os cantos, e ela ferve e borbulha a sair da terra. Nós também borbulhamos nos “hot pots” de que vamos usufruindo pelas guest houses e hostels onde vamos ficando. É um modo de vida por aqui, e não seríamos verdadeiros islandeses honorários, se não vestíssemos a pele deste povo"
- Escrito por Ricardo Mendes e Filomena Gomes, Iceland Luso Expedition ( https://www.facebook.com/IcelandLusoExpedition )
Esta quarta-feira, dia 19 de Setembro, partimos da loja do Forum Sintra para mais um passeio nocturno, pedalando em direção a São Pedro de Sintra e a sua famosa vila. Desta vez visitamos a vila num nocturno que desce por entre igrejas, monumentos ,escadinhas e túneis e percursos de pequenas rotas que são um excelente modo de conhecer o património natural e cultural do município, outrora usadas como estradas desde os tempos medievais.
Posteriormente, descemos o caminho dos castanhais em direção a várzea de Sintra, subindo um estradão ao fim do qual fizemos uma paragem para repôr energias e depois seguindo em single tracks em direção a vila verde e Algueirão de regresso. Este passeio, de características rolantes, contou com 33 participantes, isto num dia de jogo do Benfica... ;)
O próximo é diurno, no dia 22 e parte às 08h30m da rotunda de acesso ao parque de destacionamento do Loures Shopping! Vamos atacar a Mara dpo Paraíso! Mais informações em http://www.movefree.pt/pt/catalog/eventos/passeio-movefree-mata-do-paraiso-22-de-setembro
Desde o início da corrida que o atleta esteve na frente da corrida mas, até à primeira hora e meia, acompanhado de mais 2 atletas que impuseram um ritmo inicial fortíssimo. Com cerca de metade das 3 horas percorridas, Rodrigo decidiu colocar um andamento mais forte e isolar-se sozinho na frente da corrida, de onde não saiu mais.
Nas palavras do atleta, "até ao final das 3 horas, consegui gerir muito bem a corrida e acabar com quase 2 minutos de vantagem para o segundo classificado ao cabo de 3 horas de prova e 14 voltas ao circuito de 5km's". A sua Stumpjumper HT S-works 29 esteve irrepreensível durante as mais de 3 horas, ajustando-se muito bem ao circuito, um constante sobe e desce com alguma técnica.
"Nós movemo-nos como este vento, que corre livremente por este país gelado. O vento do 1º dia, que nos fez cair várias vezes, levou-nos de volta aos ventos patagónicos. Nenhum deixa saudades, mas ficam marcas e recordacoes indeléveis. Por todo o lado nota-se a natureza intocada, tons cinza de solos vulcânicos e rochas de lava cobertas de verde. Nada daquilo a que estamos acostumados existe aqui: nao se vê um papel, um saco de plastico, uma garrafa ou um outdoor a violar esta natureza quase virgem.
A Blue Lagoon surgiu como uma miragem numa paisagem cinzenta e nua. Banharmo-nos nela também foi uma miragem que nos custaria cerca de 35eur - alimentamo-nos da visão gratis e das fotos que imortalizamos, apesar das mãos tremerem do frio que se sentia no local.
Ainda a sul, outras visães se nos apresentavam: o Geysir, um conjunto de fumarolas em que a maior expele água a 100ºC a cada 8min e que, apesar de impressionar uma enorme massa turística, ficou aquém das nossas expectativas. Expectativas essas que foram largamente ultrapassadas assim que chegamos a Gulfoss: uma catarata incrível, de uma beleza e dimensões dignas de um postal ilustrado.
Ao 4o dia, as previsões meteorológicas (confirmadas pela manhã) aconselhavam prudência. Foram duras as condicoes climatéricas que enfrentamos nos dias anteriores, com pouco ou nenhum repouso. Sabemos que os proximos 400kms numa estrada de montanha que atravessa 2 glaciares, serão em total isolamento. Por isso, hoje é dia de descanso e de esperar que a chuva pare. As highlands aguardam-nos..."
- Texto e fotografias de Ricardo Mendes e Filomena Gomes, da Iceland Luso Expedition, cuja viagem de bicicleta à Islândia poderão acompanhar em https://www.facebook.com/IcelandLusoExpedition