O Pedro Duque, cujas aventuras já havíamos acompanhado no Cape Epic deste ano, onde esteve com o Ricardo Figueira com o apoio da MoveFree, está agora em preparação para o Brasil Ride com os Bike Angels. Aqui fica um relato de um dos seus treinos, realizado entre Tróia e Tavira, numa altura de gestão do esforço físico e mental de participar em diversas provas desgastantes ao longo do ano. Desta vez, levou a sua Specialized Stumpjumper S-works 29":
"Como preparação para a minha terceira prova por etapas deste ano (a presença na DBR deverá ficar cancelada), a Brasil Ride, tenho tentado gerir o cansaço físico e mental gerado por tantas horas passadas em cima da bicicleta no último ano. Quem realizou provas desgastantes como a Andalucía Bike Race e o Cape Epic sabe que o nosso corpo não fica “indiferente”. Ainda menos para alguém que não tem assim tantos anos na modalidade e que não tem todo o tempo disponível para treinar!
A dois meses da prova no Brasil, a preparação vai-se intensificando. Tenho treinado praticamente todos os dias, sendo que os fins de semana são aproveitados para fazer um maior número de horas, de preferência com amigos. Foi nesta perspectiva que desafiei o Ricardo Figueira, vulgo “Hulk”, para me acompanhar num treino longo.
Tudo foi combinado ao final de um dia de trabalho, já noite, e, depois de várias hipóteses, decidimo-nos por fazer o percurso Tróia-Tavira. Seriam cerca de 250 kms em BTT! Tomámos a decisão de fazer todo o percurso num só dia, como tal, o ritmo não poderia ser de passeio.
Como principais preocupações tínhamos as altas temperaturas desta época do ano, o forte vento que se tem feito sentir no último mês e o desconhecimento quase total do percurso, sendo que íamos passar na área da Serra de Monchique, o que poderia complicar a nossa tarefa.
O dia começou cedo, claro. Às 4h já estava a tomar o pequeno-almoço!! Tínhamos como objectivo atravessar de Setúbal para Tróia no barco das 6h45 para começarmos a pedalar sensivelmente 30 minutos depois, e assim fizemos. Na bagagem levei uma muda de roupa, para o caso de termos que pernoitar em algum lado, 8 barras e 8 gel da GoldNutrition, uma câmera de ar, duas botijas de CO2, ferramentas e um “drop-out”. Levei dois bidões, um com água e outro com Goldrink Premium (o privilégio de não estarmos em competição é que podemos para em qualquer lado para abastecer, pelo que levei doses extra de Goldrink dentro do Camelback, bem como Fast Recovery). Para facilitar a tarefa, guiei-me através do Garmin Edge 800, companheiro de todas as horas. Para que ficasse registada a aventura levei também máquina fotográfica e a indispensável GoPro!
Uma vez que não esperava uma grande dureza no trajecto, optei por levar a S-Works Stumpjumper 29”. Depois de tantos e tantos quilómetros na Epic, tenho utilizado massivamente a Stumpjumper. São bicicletas diferentes, complementares. A Epic dá-nos um conforto que mais nenhuma bicicleta nos pode proporcionar. A Stumpjumper dá-nos emoção, diversão!! É um autentico “avião” e quem experimenta fica viciado!
As primeiras horas do percurso foram praticamente rolantes. Nas primeiras 3 horas íamos com média superior a 30 km/h, pois tivemos sorte de ter o vento pelas costas, o que é uma super-ajuda! Por volta do quilómetro 100 fizemos a primeira paragem, na localidade de Bicos. O calor começou a apertar e o ritmo era alto, por isso decidimos beber uma Coca-Cola cada um e comer uma “sandocha” de presunto em pão alentejano! Eu aproveitei o balanço e ainda comi um pastel de Nata...
Após a curta paragem, regressámos à nossa “luta”. Para quem não sabe, em percursos longos, é fundamental a ajuda do nosso colega/companheiro de viagem. São muitas horas juntos, e mesmo que a conversa seja pouca, existem mecanismos que têm que funcionar perfeitamente para o bem de ambos os elementos. É o caso de “puxarmos à vez”, ou seja, em vez de irmos lado-a-lado, um dos elementos vai à frente durante uns minutos, fazendo com que o outro vá atrás, protegendo-se da deslocação do ar. Este procedimento torna-se ainda mais importante quando o vento está “de frente”, como foi o caso a partir do quilómetro 150. O facto de não sabermos o que nos espera no percurso é sempre preocupante, mais ainda quando as condições atmosféricas não são as melhores. Por esta altura, a temperatura estava próxima dos 40ºC e as subidas iam-se intensificando. Só pensava no que sofri na África do Sul com as temperaturas insuportáveis...
Durante as provas em que participamos, sejam com percursos marcados ou por orientação, não temos que nos preocupar com o trajecto. Alguém o definiu por nós! No caso de uma viagem não planeada, ainda por cima fora de estrada na sua grande parte, a preocupação de nos estarmos a meter numa grande “alhada” é uma constante! Por isso mesmo, de vez em quando eramos forçados a parar para definir qual o caminho a seguir. Felizmente, neste aspecto, tivemos bastante sorte.
À medida que nos aproximávamos do quilómetro 200 a ansidade de chegar ia-se apoderando de nós, assim como o cansaço físico. Mas a motivação era grande e o factor psicológico nestes casos é fundamental. Assim conseguimos superar as valentes subidas que encontrámos. Poucas, mas muito duras.
Em Santa Ana da Serra fizemos a segunda paragem para abastecimento. Mais umas sandochas e muita água. O calor realmente faz-me muito dano. O Hulk “passa ao lado”, e para ele, estarem 40º ou 15º é exactamente o mesmo!
Seguindo viagem, tínhamos duas possibilidades: seguir pelo IC1 até Messines (percurso mais rápido por ser em alcatrão e com uma berma larga que nos permitia pedalar com risco reduzido) ou seguir pela serra, através de um caminho mais longo e em condições que desconhecíamos. Claro que escolhemos a primeira opção! Até porque a última coisa que queríamos era andar perdidos no meio da serra noite dentro.
Os 30 kms no IC1 foram uma benção. Muito rolantes, o que nos permitiu descansar e simultaneamente aumentar a média da viagem.
Passando Messines, teríamos pela frente as localidades de Alte, Loulé, São Brás de Alportel e finalmente Tavira. Percurso totalmente em alcatrão mas com um relativo acumulado de subida que impunha respeito fundamentalmente pelo cansaço que já tínhamos.
A 6 kms de Loulé o Edge 800 indicava que devíamos seguir em frente, mas uma placa sinalizava que deveríamos seguir pela esquerda. Optámos por seguir a indicação da placa, muito por influência do Ricardo. Felizmente para ele não sei como seria o caminho se tivéssemos seguido em frente... As subidas que encontrámos à entrada de Loulé foram um “parte-pernas” total e só me apetecia partir a Stumpjumper em dois!!! Nesse momento tinha uma certeza: era obrigatório parar em Loulé para beber cerveja. Vinha com o desejo de beber uma “imperial” há alguns quilómetros, e aquelas subidas intensificaram a vontade!
Após duas cervejas e mais uma “sandocha”, lá seguimos para os últimos 35 kms até Tavira. Este troço final foi bastante rápido. Apesar de ter algumas subidas, a vontade de chegar era mesmo muita. Quando estamos muitas horas em cima da bicicleta, chega um momento em que já estamos fartos e quase que prometemos que tão depressa não pegamos na bicicleta. Promessa que sabemos não ir cumprir...
A chegada a Tavira, por volta das 17h30, foi para nós como mais uma etapa terminada numa qualquer prova internacional. O facto de atingirmos um objectivo a que nos propomos é sempre bom, e mais ainda quando esse objectivo é duro de alcançar. Foi assim que nos sentimos.
Para esta viagem o consumo total foi composto por: 5,5 litros de água/Goldrink, 3 barras , 3 gel, 2 sandes de presunto, 1 sandes de atum, 1 Coca-Cola e 1 cerveja. A recuperação foi feita com o Fast Recovery e duas “minis” pretas!
Nos próximos dois meses os treinos serão praticamente diários. Irá consistir em fazer séries de força, algum reforço muscular, aumento de intensidade, mas fundamentalmente, muitas horas."
- Escrito por Pedro Duque
Etapa 8
Odeceixe – Aljezur
26 de Julho de 2012
"Tal como estava previsto o acordar foi difícil. Depois de uma noite de batalha com as melgas saímos a perder, todos sarapintados e cheios de sono. Mas o caminho estava bem marcado. No dia anterior dirigi-me à Camara Municipal de Aljezur onde fui gentilmente recebido pelo Sr. Vereador Dr. António Carvalho, que além da cedência das instalações para pernoitar ainda esteve a explicar qual o melhor percurso para vir de Odeceixe a Aljezur sem passar pela estrada nacional.
O caminho é excepcional, o melhor em termos de paisagens e de terreno que percorremos até ao momento. Começa na zona mais alta de Odeceixe, mesmo ao lado do estádio de futebol e depois segue para João Roupeiro. Desta localidade até à descida para a praia vai sempre junto ao canal da água, caminho fresco com paisagens lindas. Terminado o canal da água segue pelo estradão até encontrar uma descida enorme e com muita adrenalina e chega á praia da Amoreira. Mesmo que o objectivo não seja fazer o caminho todo, pelo menos esta parte alguma vez na vida tem de fazer e não venha sozinho porque partilhar pedaladas destas é o melhor que pode acontecer. Depois da chegada ao local da pernoita ficou tudo a dormir logo ali no chão a dizer mal das melgas do dia anterior.
À noite reunimos e decidimos que passaríamos a pedalar todos os dias, é que estas bicicletas não nos querem dar descanso.
Boas pedaladas para todos que as nossas têm sido fantásticas.
Etapa 9
Aljezur – Carrapateira
27 de Julho de 2012
O dia amanheceu muito cinzento e com nevoeiro denso e por isso tivemos de sair mais tarde, às 9h00. A etapa de hoje apresentava as dificuldades de fazer serra com subidas e descidas e subidassssss e descidas e subiiiiiiiiiiiiidaaaaaaaaaaaaaaassssssssssssssssssssss e depois de uma grande descidas chegámos à Carrapateira. Não satisfeitos, continuamos a pedalar junto às falésias entre a Carrapateira e a Praia do Amado num percurso em estradão com belíssimas vistas para o mar. Recomenda-se igualmente a passagem por estes caminhos.
O dia que amanheceu tímido aqueceu bastante para a tarde e não resistimos a ficar o resto do dia na praia a dar uns bons mergulhos.
Amanhã é a última etapa com saída da Carrapateira e chegada a Sagres!
- textos da autoria de Mário Baudoin
Dia 24 de Julho de 2012
Da Zambujeira do Mar a Odeceixe
"Saímos do parque de campismo com um tempo frio e muita humidade eram 6h45mn. Com este tempo até houve vontade de pedalar mais e com mais força o que fez com que demorássemos pouco tempo a chegar à Zambujeira do Mar cumprindo um total de 13 km em pouco mais de 30 minutos. Partimos junto ao mar e assim continuámos durante bastante tempo, acompanhados sempre pelo azul tímido do mar que se escondia entre as nuvens.
Passados alguns km encontrámos uma bela poça de lama. Aqui aconteceu um dos primeiros mistérios que ainda estão por desvendar, que é a questão; porquê uma poça de lama provoca tanto a atenção dos jovens?. O mistério fica por resolver, mas a verdade é que se não for jovem e experimentar passar nestas poças de lama, por breves instantes vai sentir-se com muito menos anos. Foram passagens pela lama até ficarem todos salpicados e de não conseguirem mais rir. Continuámos a viagem e mais à frente outra passagem por uma linha de água e com mais diversão garantida e desta vez todos tivemos de participar.
Quase a chegar a Odeceixe, passámos por cima do canal de água e com a lama que trazíamos no corpo, poucos foram aqueles que resistiram a saltar lá para dentro. A água não seria das mais limpas, mas o que é que isso interessa quando estamos todos juntos. Houve quem tivesse a ideia de ir de bicicleta lá para dentro, mas, ai parou a brincadeira porque com coisas sérias não se brinca e as bicicletas são o nosso bem essencial. Ficaram sequinhas, mais ou menos!
Chegámos a Odeceixe depois de uma visita à praia e ficámos alojados num clube de futebol local. Durante esta noite as melgas não deram tréguas. Vamos ver como é o acordar amanhã...
Almoço: Arroz de marisco
Jantar: Bolonhesa"
- textos da autoria de Mário Baudoin
23/07/12
Etapa 6 – Vila Nova de Milfontes – Zambujeira do mar
A começar este dia aproveito para agradecer as excelentes acomodações que nos foram cedidas pelos escuteiros de Vila Nova de Milfontes. Mesmo no centro da vila perto de tudo, foram dois dias que aproveitámos para conhecer bem a localidade. E em Vila Nova de Milfontes é fácil de pedalar, é só necessário ter em atenção à quantidade de trânsito que circula pelas ruas nesta época do ano. Bem dormidos e após o pequeno-almoço partimos em direcção à Zambujeira do Mar. Infelizmente, não conseguimos encontrar caminho à beira-mar e tivemos de ir pela estrada de alcatrão. Primeiro em direcção a Almograve depois ao Cabo Sardão e finalmente um belíssimo estradão sempre à beira mar.
O primeiro problema surgiu logo de manhã, estava muito nevoeiro na estrada e tínhamos de fazer ainda uns kms pela estrada nacional e com o nevoeiro parecia que os carros e os camiões ainda andavam mais depressa. As crianças e eu começámos a ficar um pouco nervosos com aquele transito todo e o denso nevoeiro, decidiu-se pedir ajuda ao Sérgio e à Sónia, que andam nas carrinhas de apoio, para nos levarem até terminar este bocado de estrada, e assim foi, para nossa infelicidade tivemos de ser transportados.
Chegados ao Cabo Sardão a estrada transformou-se radicalmente, deixou de haver carros e o chão pintou-se de azul do mar. Ninguém resistiu a parar um pouco para apreciar a paisagem. A estrada é fantástica e as bicicletas ficam mais fáceis de conduzir, as crianças não pararam de pedalar tentando dar mais velocidade sentindo a brisa do mar com mais força na cara. Havia alguns que imitavam o som de motas, outros assim por qualquer razão paravam deslumbrados, mas todos muito muito felizes. Neste momento a opinião foi consensual relativamente à boa qualidade das bicicletas que a movefree nos disponibilizou assim conseguimos ir mais longe e com mais segurança e é mais divertido. Neste momento estamos no parque de campismo do Z Mar e está tudo pronto para umas boas horas de sono. Amanhã não é dia de fazer etapas, mas as bicicletas não vão ter descanso.
Almoço: Cachorros (não havia mais nada mais rápido de fazer no supermercado) e pêssegos.
Jantar: Costeletas de porco com massa. Bananas para a sobremesa.
No passado dia 21 de Julho, a Movefree realizou mais uma incursão à Serra de Sintra no seu Passeio de Loja do Forum. Após a promessa de um traçado ímpar, repleto de single tracks, estradões e longas subidas a vontade de “atacar” os trilhos era mais que muita e os cerca de 25 participantes revelavam-se ansiosos para se lançar no que de melhor a Serra tem para oferecer. 35 km de trilhos com cerca de 700m de subida acumulada foi o cenário com que se deparou este grupo de aventureiros que, apesar da dureza do percurso, se manteve sempre à altura do desafio.
Para aquecer as pernas, o grupo saíu do Forum a rolar por alcatrão fazendo a ligação de acesso aos trilhos pelo Linhó. Já rumo à Lagoa Azul, o grupo entrou no “estradão dos Jipes” para iniciar a 1ª etapa Montanha e atingir o topo da Serra. No topo da subida, a merecida paragem para repor energias e hidratar... Depois de uma subida longa repor os niveis de açucares foi fundamental para com afinco entrar nos trilhos rolantes que conduziram o grupo até ao “trilho maravilha”.
Neste ponto todos puderam “largar travão” e desfrutar de uma descida rápida e muito divertida. Curva contra curva, alguma pedra solta e raízes eram os obstáculos a transpor, mas com perícia e uma boa dose de adrenalina todos “curtiram à brava” o trilho. A manhã avançava e o relogio não perdoava e era tempo de rolar em direcção às Lagoas de Monserrate, local onde foi feita uma paragem da praxe para as habituais fotos e convivio! Fotos tiradas e conversa em dia, era tempo de “atacar” a subida em direcção aos Capuchos. Esta foi a 2ª etapa montanha do dia para depois de uma boa subida se entrar num dos trilhos mais conhecidos da Serra – “o trilho das pontes”.
Neste trilho que apelava à tecnica devido ás varias raizes e pedras cravadas no chão todos puderam desfrutar da paisagistica de um dos trilhos mais emblemáticos da região. Com a bike “à mão” ou “montado em cima dela” todos chegaram ao final com apenas um comentário: espetacular... é para repetir! Seguiu-se a passagem pela barragem do Rio da Mula, que nesta época se encontra com caudal muito baixo, para depois prosseguir a jornada em direcção à Abrunheira.
Já na chegada so Forum os comentários foram unânimes: foi “durinho mas valeu bem apena! Todas as fotos disponíveis em http://www.flickr.com/photos/eupedalo/sets/72157630729684684/
O último Passeio Movefree do mês será em Torres Vedras. Dia 28 de Julho vamos levar-vos a ver o mar do topo do maçico cretácico da Maceira (Valongo)! Cerca de 35km e muita diversão é o prometido!
Até lá, umas boas pedaladas!
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18-07-12
Hoje foi um dia de pedalada modesta 20 km entre Carvalhal e o parque de campismo da Galé.
Ainda tentámos percorrer este caminho fora de estrada mas a areia é muita e era impossível. Fomos para o alcatrão e começámos a rolar a sério.
O percurso foi feito sempre a rolar sem complicações à chegada ao parque uma boa surpresa – há ciclovia até ao parque. Assim que chegámos foi montar as tendas, as mesas, fazer o almoço e depois descansar um pouco para ir até à praia.Uma grande surpresa do dia foi a visita da Ana Galvão ao acampamento e a chegada do Dória, nosso companheiro de viagem para Badajoz, veio de bicicleta ter connosco desde lisboa. Amanhã vai até Porto Covo
Almoço: Arroz de atum
Jantar: Frango assado com batata frita e salada.
19-07-12
Etapa 3 – Galé – Porto Covo
Os últimos dias têm sido de grande calor. Às 7h00 do dia anterior, já o termómetro marcava 28º estava muito quente. Perante estes argumentos teriam de ser tomadas medidas urgentes para que a pedalada não fosse prejudicada e hoje o dia era de grande quilometragem. Entre a praia da Galé e Porto Covo são 60km. A primeira, única e necessária medida foi a marcação da hora de alvorada que ficou para as 5h30, felizmente todos cumprimos e assim foi possível arrumar todo o acampamento, tomar o pequeno-almoço e começar a pedalar às 7h00. E Hoje já estava mais fresquinho.
Fizemos a ciclovia desde o parque da Galé até à estrada nacional onde aconteceu mais um ponto de situação, desta vez o escolhido pelas crianças foi o ponto final para ser mais rápido. Combinámos, mais uma vez as regras de andar na estrada e lá fomos, zuca, zuca, zuca, sempre a pedalar. Foi uma viagem mito tranquila, estava com algum receio na via rápida entre Vila Nova de Sto André e Sines, mas como está em obras e os carros só podem circular numa via a outra via era só para as nossas bicicletas, fantástico alcatrão novinho para as nossas elas merecem e têm que ser muito estimadas.
Parámos nas praias de S. torpes para comer uma sandes já preparada e depois foi só pedalar até ao parque de campismo da Ilha do Pessegueiro. Amanhã fazemos uma pausa e não pedalamos (pelo menos na direcção de Sagres),a noite está muito fresquinha, vai ser uma boa noite de sono.
Almoço: Esparguete bolonhês
Jantar: Rissois de camarão com esparguete bolonhesa e salada, mais, sopa de feijão verde e salada de frutas.
Dia 17 de Julho de 2012
Etapa – Troia – Carvalhal – 27km
"Hoje foi a sério, matámos as saudades de uma boa pedalada que já não dávamos desde a semana passada quando acabámos o Lisboa-Badajoz. Iniciámos o percurso em Troia depois de uma travessia do Rio Sado serena e tranquila, quase poética. Porque o barco pára um pouco mais á frente do centro de Troia, tivemos de andar um pouco para trás para iniciar o percurso mesmo do inicio da península: Foi uma decisão acertada porque em Troia há uma ciclovia muito bem desenhada e que se prolonga por cerca de três km, é pena não ser até comporta, falta um bocadinho assim… !
Hoje foi também o dia de estrear as bicicletas e as crianças fizeram tudo o que não se deve fazer, como descer sem as mãos no guiador, tirar os pés dos pedais, acelerar e travar, fazer corridas - foi muito divertido observar esta felicidade. A pedalada decorreu sem grande dificuldade, só o calor é que estava a crescer e isso não foi assim tão agradável. Para procurar um caminho mais fresco foi tomada a decisão em grupo de entrar pelos arrozais, havia o risco de o caminho não ter saída, mas, aventura é aventura e lá fomos pela escolha acertada valeu-nos um Sr. muito simpático que nos apontou o trajecto mais correto.
Chegámos ao Carvalhal por volta das 11h30m e começámos logo a preparar o almoço – Bifanas com salada de tomate que estavam muito boas. À tarde foi obrigatório um mergulho na belíssima praia do Carvalhal. Hoje estava previsto chegarmos ao parque de campismo da Galé, mas com o calor a apertar e a generosa oferta da junta de freguesia do Carvalhal que permite poupar alguns euros em estadia, decidimos ficar por aqui e foi uma escolha acertada. Por não estarmos muito longe de Lisboa foi possível ir á loja da Movefree fazer algumas afinações e retirar uns barulhos que infelizmente me acompanharam todo o dia. Mais uma vez, receberam, com grande simpatia e o trabalho foi muito cuidadoso, já não há barulhos!
Hoje enquanto ia para a Loja da Movefree estava a pensar no dia e a tentar ver o quanto esta actividade está a enriquecer a relação entre todos os que nela estão a participar. A quem estiver a acompanhar estes artigos deixo aqui só esta reflexão com humildade: Se na família há filhos adolescentes e existe dificuldade em comunicar com eles, pegue na bicicleta e organize um pequeno passeio em conjunto, porque a bicicleta será apenas um pretexto para kms de conversa.
Agora está na hora de dormir mas antes temos aqui uma grande guerra com as melgas que estão a atacar sem misericórdia. Amanhã será até Melides começamos às 7h00.
Recentemente tornada de um Iron Man em Nice, a IronMena deixa-nos as suas impressões sobre a Tarmac SL2 Comp que utilizou para completar a parte de ciclismo dessa prova de triatlo de alta resistência. Isto enquanto não embarca noutra aventura: em breve poderemos acompanhar as aventuras da Filomena e do Ricardo Mendes na Iceland Luso Expedition - mais informações em https://www.facebook.com/IcelandLusoExpedition.
Aqui fica a Tarmac testada pela Filomena:
Utilizadora:
Filomena Gomes. 14 anos de experiência de bicicleta, cerca de 7 em bicicleta de estrada. Não costumo andar com grupos definidos, mas sim com amigos variados e companheiros de equipa (Triatlo/Duatlo). Fui Finisher na TransPortugal Garmin 2007 e Finisher em 3 Ironman, um deles com o apoio Movefree. Os treinos ou voltas que gosto de fazer são, de preferência, longos! Gosto de passar muitas horas em cima da bicicleta, em treino com paragens obrigatórias para reabastecer nalguma tasca deste nosso belo país. Eu pedalo para treinar, mas também para passear!
Bicicleta de teste:
SPECIALIZED TARMAC SL2 COMP, utilizada intensamente nos meses de Maio e Junho, na preparação para o Ironman France-Nice.
Tipo de terreno, andamento, topografia, estado do terreno:
Alfalto em estados variados: bom, razoável e mau. As estradas portuguesas são um bom teste para qualquer bicicleta! Pedalei sobretudo em montanha, salvo alguns triatlos em que participei, cujos segmentos de ciclismo são normalmente rolantes e em circuito. Relativamente ao Ironman, a prova disputou-se nos Alpes mediterrânicos, pelo que se tratava de um percurso duro e exigente.
Look and feel da bicicleta:
Estética elegante e atraente. Quadro e forqueta em carbono, geometria SL2. Espigão de selim em carbono com inserções de gel. Transmissão Shimano 105 integral (manípulos incluídos), conjunto pedaleiro compacto 50/34, cassete 11/28. Rodas Fulcrum Racing 6, pneus Specialized Turbo Elite.
Experiência de utilização.
Quando utilizei a bicicleta pela 1ª vez, senti-me logo incrivelmente bem. O tamanho e postura na bicicleta foram totalmente adequados, apesar de se tratar de uma bicicleta agressiva. A Tarmac é surpreendentemente ágil, nervosa, feita para rolar e devorar quilómetros a grande velocidade. A inércia que lhe é própria advém da facilidade com que “embala”. No entanto, é uma bicicleta extraordinariamente confortável, o que resulta de uma geometria impecável, aliada a um conjunto rodas/pneus de desempenho superior, e ajudado pelo espigão de carbono com inserções.
Ao utilizá-la pela 1ª vez ainda sem ciclómetro, nem queria acreditar que tinha feito 100kms, quase sem dar por isso! O conforto e a sua natureza nervosa fazem com que o tempo em cima do selim não se faça sentir.
Em subidas, o conjunto pedaleiro compacto e a cassete generosa (com 28 dentes) ajudam a subir progressivamente sem acumular muito ácido láctico. As desmultiplicações que este conjunto oferece são os ideais para a montanha.
Assim como sobe muito bem, também desce veloz, sendo segura e oferecendo confiança ao ciclista. Em plano está lindamente, a sua agressividade sobressai sobretudo em percursos rápidos e rolantes.
Componentes:
Todos os componentes tiveram um desempenho superior, apesar de a bicicleta vir originalmente equipada com um pedaleiro 53/39. No entanto, tendo em conta o percurso de montanha a que se destinava, optou-se por um pedaleiro compacto. De realçar a excelente qualidade e conforto dos pneus Specialized Turbo, bem como de um outro pormenor, mas que oferece um conforto e “grip” acrescido: as fitas de guiador Specialized Roubaix.
Mas é o quadro que mais se destaca: a ergonomia, geometria, estética e elegância da SL2 é mais que conhecida, testada e reconhecida. É o elemento fulcral da Tarmac, existindo já, no entanto, evoluções do mesmo, mas sendo este um quadro de referência.
Esta bicicleta é perfeita para:
Quem procura um misto de velocidade sem penalizar demasiado o conforto. É uma bicicleta muito agressiva, mas que não castiga o seu utilizador. É, por isso uma grande aposta para competição (no caso, triatlo) ou treinos de exigência superior, mas sem nunca descurar as imensas horas que se passa em cima da bicicleta.
Avaliação final:
Excelente. De tal forma, que estou a ter problemas em me readaptar à minha própria bicicleta, na qual sempre me senti bem! A grande mais-valia da Tarmac é a harmonia e a o compromisso entre agressividade e conforto. Não há muitas bicicletas assim…
De 15 de junho a 31 de agosto, aproveite as promoções Movefree e faça-se à estrada. Aposte na leveza e rigidez das premiadas Specialized Tarmac ou na gama Roubaix e Secteur, desenhadas para a endurance e longas distâncias, com descontos até aos 20%*.
Acompanhe as grandes voltas e apaixone-se pela estrada com a Movefree!
Aqui fica o relato de uma aventura ciclística entre Tróia e Sagres, percorrida pelas crianças da Aldeia SOS da Guarda, com apoio MoveFree. Um grupo de miúdos e graúdos bem animados, cheios de vida e que são a prova viva de que pedalar é ser feliz!!
"São neste momento 00h30 e acabámos de chegar à aldeia sos de Bicesse onde pernoitaremos esta noite, depois de estarmos num momento de grande felicidade na loja da MoveFree do Dolce Vita Tejo, onde as crianças tiveram a oportunidade de ter um acompanhamento personalizado e dedicado dos técnicos da MoveFree.
É difícil descrever as caras das crianças quando se aperceberam que iam receber bicicletas de qualidade para esta aventura - tive o cuidado de fazer deste momento uma surpresa, que resultou - para a próxima, depois do Lisboa Badajoz em Bicicleta com o Paulo Guerra do Santos. Esta tem tudo de importante numa viagem deste em bicicleta, a calma, a paisagem, os amigos, a aventura, a inter-ajuda, e muitas histórias para contar. A Ana Galvão e o Nuno Markl estiveram a acompanhar esta boa acção da MOVFREE e depois de um momento de conversa, quando regressámos do shopping as crianças que iam na carrinha não se calaram – o Nuno Markl é tão fixe! E A Ana Galvão! São os dois tão fixes!- As minhas amigas vão-se passar- ao mesmo tempo os rapazes mais desportista diziam para mim com orgulho – Tenho uma bicicleta igual á sua!
- A loja tinha bicicletas tão lindas !!!!!
- A que horas saímos amanhã?
- Vamos logo a pedalar ?
- Quantos KMs
- Já chegámos?
- Esta é a minha bicicleta, tem o meu nome!
- Posso ir á casa de banho!
- Ainda falta muito!
- Estou com sede!
- Quando vamos visitar a rádio comercial?
- Estas bicicletas são nossas?
- Que fixe!
- Já chegámos!
- Estou com sede!
- ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ!!!!!
Amanhã temos de acordar às 5h30 para arrumar mais de muita coisa, bicicletas, tendas, tachos, mesas, cadeiras que têm de ficar dentro da carrinha ao melhor estilo do Tetris. Depois, arrancar em direcção a Setúbal, apanhar o ferry das 7h55mn e começar a pedalar em direcção aos arrozais e depois à praia, todos em conjunto e todos de certeza num grande momento em família num grande momento de amizade.
Partimos para dar inicio a mais um desafio e se quiser apoiar-nos, deixo-vos aqui o programa da nossa viagem.
Dia | Partida | Chegada |
17 | Setubal | Melides |
19 | Melides | Porto Covo |
21 | Porto Covo | Vila Nova de Milfontes |
23 | Vila Nova de Milfontes | Zambujeira do Mar |
25 | Zambujeira do Mar | Odeceixe |
27 | Odeceixe | Aljezur |
28 | Aljezur | Carrapateira |
29 | Carrapateira | Sagres |
31 | Sagres | Sagres |
Um grande obrigado à MoveFree por nos disponibilizar o excelente material para levarmos. À Ana Galvão por nos ter apoiado nesta iniciativa, ao Nuno Markl por nos motivar para mais uma aventura. Ao Paulo Guerra por ser um exemplo sobre os caminho para onde andar de bicicleta nos pode levar.
Até Amanhã."