Quarta-feira, 7 de Novembro de 2012

Relato do Ricardo e da Filomena na Islândia, com apoio MoveFree

Aqui fica o vídeo da BTTV acerca da viagem à Islândia:

 

 

 

 

E para rever, o vídeo da Patagónia Luso Expedition:ambos com apoio MoveFree e Bike Performance Center:

 

 

 

 

 

 


Publicado por Eupedalo às 14:53
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Terça-feira, 8 de Maio de 2012

Treino de Estrada da MoveFree Factory Team - 06 Maio 2012

Depois de uma “semana molhada” o bom-tempo fez-se sentir e foi tempo do Factory Team pegar nas bikes de “roda fina” e sair para o asfalto!

 

Foram cerca de 84km “durinhos” com um média de aproximadamente 25km/h, que no final se traduziram num “mini-empeno”. Desta vez o ponto de encontro foi às portas do Dolce Vita Tejo onde, às 9h da manhã o Team estava devidamente equipado e alinhado! De salientar a presença especial de Filomena Gomes e Ricardo Mendes (aventureiros do Patagónia Luso Expedition e peritos em descobertas em total autonomia), que com a sua simpatia e boa disposição se juntaram ao Team para mais um treino.

 

 

O grupo sempre bem-disposto e preparado para “amassar as pernas” partiu a bom ritmo com o intuito de fazer um treino fluído, num traçado repleto de subidas que se iriam revelar “etapas montanha” ideais para umas quantas fugas e tentativas de perseguição. A saida fez-se em direcção a Odivelas e rapidamente, depois do devido periodo de aquecimento, o grupo atingia a primeira subida do dia, a conhecida e longa subida da Arranhó...

 

Nesta subida o nosso amigo Ricardo decidui “puxar” pela equipa e fazer aumentar o pulso, pondo à prova as capacidades do pelotão com uma fuga forte e bastante rápida. Depois deste 1º esticão o grupo prosseguiu agrupado e a ritmo constante atingindo as terras de Sobral de Monte Agraço.

 

 

Neste local, para comprovar que esta bela Vila não é apenas conhecida pelo seu “parque infantil”, o Team fez uma paragem para repor energias e hidratar numas das melhores pastelarias da zona. Com uma abastada “montra de produtos” dificil foi escolher qual a iguaria que iria acompanhar o café matinal! Durante esta paragem para um reforço alimentar dos atleta foi posta conversa em dia e muitas opiniões foram trocadas acerca da prática da modalidade. Mas como o tempo não perdoa e a manhã já ia longa era tempo de por as pernas a rolar e fazer à estrada!

 

 

Saindo a rolar até ás portas da localidade de Sapataria era tempo de preparar as pernas para a conhecida subida do Cabeço de Montachique. Uma vez mais com o Ricardo a impor o passo a equipa seguiu sempre com espirito de entreajuda, com o objectivo de alcançar o Dolce Vita Tejo que já se encontrava proximo.

 

Á chegada à meta o cansaço era evidente. Mas ciclismo é assim mesmo... é companheirismo... é espirito de equipa... é o trabalho em prol do grupo … é a dor de pernas... mas também é o sentimento de dever cumprido ao atingir as metas traçadas e a satisfação de nos superarmos constantemente...

 

No final do treino os comentários foram unânimes: valeu o “empeno”... Para quando o próximo?!


Publicado por Eupedalo às 11:05
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Segunda-feira, 2 de Janeiro de 2012

Test Bike - Carve Pro29"

O Ricardo Mendes pedalou do Chile até à Patagónia com a Filomena Gomes, angariando fundos para a Operação Nariz Vermelho com o apoio da MoveFree. Aqui ficam as suas impressões acerca da bicicleta de que ele utilizou para realizar esta viagem, a Carve Pro:

 

Utilizador:

Ricardo da Silva Mendes. Há mais de 10 anos que faço viagens em bicicleta. São autênticas travessias em autonomia e em todo o terreno. Recolho informação sobre os melhores locais para pedalar, coloco alforges e parto à aventura. Sempre com o intuito de andar mais e melhor, aprofundei conhecimentos em mecânica e tirei o curso de treinador de ciclismo. Sou federado na Federação Portuguesa de Ciclismo desde 2007 com o nível II e já treinei algumas equipas de BTT. A paixão pelos grandes horizontes, o desafio e a incerteza de uma viagem em autonomia são para mim os ingredientes para pegar na minha bicicleta e partir.  A vida para mim não é uma maratona. Só faço provas competitivas se forem de longa duração e por norma com várias modalidades além da bicicleta. Normalmente durante a semana treino sozinho mas não prescindo de um passeio de bicicleta tranquilo para conversar com amigos seja num ou vários dias. Eu pedalo porque me leva sempre aonde eu quero ir e me faz ver tudo como se fosse a primeira vez. Pedalar ajuda-me a compreender melhor o mundo, não o torna mais pequeno mas sim mais humano. Esta é melhor forma de chegar junto das pessoas e de nós próprios.

 

 

Bicicleta de teste:

Specialized Carve Pro. Testei esta bicicleta durante um mês na Patagónia e Terra do Fogo guiados com um gps e iremos com alforges para uma viagem em autonomia. Somos uma dupla de portugueses e vamos pedalar até ao fim do mundo por uma causa solidária.

 

Tipo de terreno, andamento, topografia, estado do terreno:

Seja em que latitude for, quando se trata de uma viagem longa, a topografia do terreno varia imenso e é precisamente isso que a torna tão apelativa. No caso da Patagónia, a natureza é rainha e por todo o lado foi muito generosa porque temos montanhas, glaciares, bosques como em nenhum outro local. A Carretera Austral é das poucas marcas humanas que se observam naquele local e é a única que o cruza. Por ser amplamente utilizada, passa de estrada a tortura. É construída com Rípio (quantidades bíblicas de seixo, areia e terra) com longos trajectos em horrível mau estado e que fazem lembrar uma chapa ondulada.  Foi a nossa maior surpresa porque nos impediu de ultrapassar os 12km/h de média diária. Foi aí que percebemos que para vencermos etapas de 100 a 150 kms teríamos de fazer muitas horas em cima da bicicleta.

 

 

Look and feel da bicicleta:

Tem um aspecto muito apelativo e competitivo. Olhando para esta bicicleta sente-se vontade de começar a pedalar por todo o lado. Por onde passa, nota-se que muita gente a observa por ser diferente do que estão acostumados a ver.

 

Experiência de utilização:

Para mim, o que mais impressiona nesta bicicleta é o quadro. A sua geometria dá-nos um conforto e uma agilidade que não esperava em algo deste tamanho. A montagem dos equipamentos é sensata porque mesmo com manutenção mínima durante tantos dias, não compromete o seu funcionamento.  A fiabilidade é a qualidade que mais aprecio numa bicicleta e o peso pouco representa para mim isto porque quando temos de colocar quase 15kg de bagagem extra, temos de pensar que as avarias têm de ser reduzidas ao mínimo. A ideia pré-concebida de que com roda 29 não sentimos a mesma adrenalina, que é grande, etc, etc é mais um dos muitos mitos urbanos. Não basta olhar para esta bicicleta, é preciso sentar porque os olhos e as opiniões de quem não experimenta por vezes levam-nos a tirar ideias precipitadas.

 

Quando a experimentei, por incrível que pareça, não estranhei em nada a posição. A sensação que tive foi de extremo conforto. Quando comecei a pedalar rapidamente atingi uma grande velocidade e senti que podia facilmente andar muito tempo e em bom ritmo. Torna-se muito dinâmica e viva permitindo grandes acelerações sem comprometer a segurança. A Carve vence facilmente qualquer tipo de terreno, nos pisos mais duros e incómodos como sejam pedras e raízes, a maneira como os ajuda a ultrapassar é magnífica. Em estrada e em circuito citadino lança-me sem medo a ultrapassar carros e a passar passeios que de outra forma não era possível. O comportamento rolante é o forte desta bicicleta. Vence quilómetros muito facilmente mesmo quando se transporta muito peso adicional como foi o nosso caso. Em subida não prejudica o andamento, apenas exige que se tenha uma boa rotação de pernas. Noto que mesmo que a subida seja muito técnica e a velocidade seja muito lenta, chega-se bem ao topo com menos esforço. Em descida, ganha velocidade facilmente mas é suficientemente confortável e segura para um prazer a pedalar. Em single muito apertados e rápidos percebe-se que é mais difícil controla-la. Na minha opinião isso deve-se a ter pouca habituação a esta bicicleta. Na Patagónia apenas fizemos um single track de 18kms e mesmo carregado não tive grande dificuldade a descer. 

 

Nota-se o peso da bicicleta mas na minha opinião, os quilos aparentemente a mais são facilmente desprezáveis. O conforto desta bicicleta está acima da média. Apesar de ser um quadro em alumínio, aquilo que proporciona em conjunto com umas rodas do tamnho 29 é muito semelhante ao titânio. Tem uma excelente relação de performance em qualquer tipo de terreno. O andamento requer menos esforço e menos dispêndio de energia para se obter uma maior velocidade e efectuar mais quilómetros. A manusear, esta bicicleta é excelente, mesmo carregada com 15kg extra nunca senti a perda de controlo. Fiquei com a sensação que não há nada que esta bicicleta não ultrapasse.

 

 

Componentes:

 

Os componentes não comprometem qualquer que seja a sua utilização, no entanto a suspensão necessita um up-grade porque limita aquilo que a bicicleta ajuda a conquistar: conforto, segurança e prazer em pedalar.  Em caso de chuva e carregados com íamos, os travões Deore poderiam apresentar um melhor poder de travagem. Achei impressionantes as rodas suportarem tantas torções e os violentos impactos sem nunca apresentarem um simples empeno. Os pneus tubeless Captain fizeram 2300 kms e se formos olhar para os mesmos, perguntamos como é possível ainda manterem um rasto tão visível.

 

O quadro é uma mais-valia nesta bicicleta, é apelativo, competitivo, confortável e leve. Achei impressionantes as rodas suportarem tantas torções e os violentos impactos sem nunca apresentarem um simples empeno. Os pneus tubeless Captain fizeram 2300 kms sem um único furo Em caso de chuva os travões Deore não apresentam um bom poder de travagem. Talvez os travões possam ser alvo de um upgrade.

 

 

Esta bicicleta é perfeita para:

O competidor ocasional e todas as pessoas apaixonadas pelo design que querem marcar a diferença com uma bicicleta que os ajuda a andarem mais e com menos esfoço.

 

 

Passe pelas Lojas MoveFree para conhecer a nova Carve Pro 29" e descobrir se esta é a bicicleta perfeita para o seu tipo de utilização!

 

 

 


Publicado por Eupedalo às 12:30
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Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2011

Test Bike - Specialized Epic Comp 29"

A Filomena Gomes, conjuntamente com o Ricardo Mendes, pedalou do Chile até à Patagónia, numa expedição cujo objectivo ( cumprido!) foi de angariar fundos para a Operação Nariz Vermelho. Com o apoio da MoveFree, a Filomena realizou a sua viagem numa bicicleta Epic Comp, roda 29" e aqui ficam as suas impressões acerca desta bicicleta:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Utilizadora:  
Filomena Gomes. 13 anos de experiência de bicicleta, de viagens em autonomia há 6 anos. Actualmente, possuo uma Epic SWorks de 2008. Não ando com grupos definidos, mas sim com amigos variados e companheiros de equipa (equipa de Corridas de Aventura, Triatlo/Duatlo, OriBTT). Fui Finisher na TransPortugal Garmin 2007 (única portuguesa até agora) e Finisher em 2 Ironman. Os meus percursos e andamentos preferidos são quanto mais longo melhor! Por isso privilegio travessias e provas por etapas, em ambientes naturais e paisagísticos agradáveis. Eu pedalo para viajar!

 

 

Tierra del Fuego 

 

Bicicleta de teste: 

SPECIALIZED EPIC COMP 29er, entre Novembro e Dezembro de 2011, na Patagónia (Chile e Argentina), com o Ricardo Mendes, numa viagem de 2200kms em autonomia, a favor da Operação Nariz Vermelho.

 

  
Tipo de terreno, andamento, topografia, estado do terreno:

Rípio (mistura de terra batida com gravilha). Andamentos moderados em ritmo de travessia mas em longas quilometragens diárias (entre 100 a 150kms/dia). A topografia é muito variada, com montanha (Andes) mas também estradões. O piso é em geral mau, encontrando-se muito deformado pelo contínuo rodado dos jipes e camionetas que circulam a grande velocidade nas únicas estradas daqueles dois países.

 

 

Torres del Paine 

 

 

Look and feel da bicicleta:

Estética harmoniosa e atraente. Suspensão dianteira Rock Shox Reba RL 29, Amortecedor Fox Brain, desviador traseiro 10 vel. SRAM X9, desviador dianteiro e manípulos SRAM X7, crenques SRAM, pedaleiro duplo Truvativ, travões Avid Elixir 7.

 

Experiência de utilização.  
Quando me sentei na bicicleta senti-me logo muito bem. O Tamanho e "encaixe" na bicicleta surpreendentemente adequados. Inicialmente, a bicicleta é surpreendemente ágil,  ao contrário do aspecto que induz em erro por parecer grande, apesar de ser tamanho S. A bicicleta, logo nas primeiras edaladas, quer rolar, é nervosa e dinâmica, parece pedir um utilizador exigente. Comporta-se sempre à vontade em qualquer tipo de terreno. Não se nota nenhuma desvantagem clara e é multifacetada. A rolar, está como peixe na água. A Epic 29" representa uma clara vantagem, a nível de andamento e de conforto acrescido, em pisos rolantes e planos. E, em subida, é surpreendemente boa! O peso derivado de uma roda maior não a penalizam minimamente, antes pelo contrário. A bicicleta sem alforges vence com  maior facilidade qualquer subida íngreme. Com alforges e peso acrescido, sobe na mesma devido à mais-valia de um diâmetro de roda maior. Em descida é excelente, passa por cima de qualquer obstáculo a grande velocidade pois a roda 29 dissipa imenso qualquer irregularidade no piso, permitindo assim atingir grande velocidade nas descidas. A utilização da bicicleta em trilhos técnicos é moderada, mas foi condicionada pelo facto de a bicicleta ter montados uns alforges que condicionam a agilidade nos trilhos. As oportunidades de fazer single tracks foram escassas, mas a bicicleta comporta-se à altura mesmo com alforges. Sendo uma roda 29,  é maior e um pouco mais pesada, mas é extraordinariamente manuseável tendo em conta esses 2 factores. É justamente o ponto de equilíbrio ideal.

 

 

No Estreito de Magalhães 

 

Componentes:

Todos os componentes se comportaram à altura, apesar de termos alterado os pneus que equipavam a bicicleta de origem (conjunto Fast Trak S
Works + Renegade Control) que, embora bastante aderentes e rolantes, foram substituídos por 2 Captain Tubeless especialmente para o piso de rípio. O comportamento da bicicleta fica bastante diferente com estes pneus no alcatrão, em que se nota a direcção mais pesada e menos ágil (as câmaras de ar anti-furo também eram mais pesadas). Uns Fast Track Control ou Renegade Control, ou outro pneu misto, não demasiado liso mas também não demasiado cardado, são os pneus ideais para equipar esta bicicleta.

 

A suspensão dianteira Rock Shox Reba RL tem um comportamento irrepreensível, amortecendo o suficiente, mesmo sendo apenas
80mm, mas nunca bombeando mesmo pedalando de pé. É uma suspensão suave, não tendo sido sequer necessário reforçá-la com ar, apesar de transportar uma bolsa no guiador com mais de 2kgs.

 

O amortecedor FOX BRAIN é o que mais se destaca em todo este conjunto, nestas condições. É um amortecedor em que se pode ter
confiança cega. Mesmo transportando mais 8kgs de bagagem acoplada ao espigão do selim, o amortecedor (com o SAG ajustado ao peso) não dá sinais de fadiga ou mau funcionamento. Faz o trabalho que lhe é característico e que o distingue de todos os outros existentes no mercado: amortece quando encontra irregularidades/obstáculos, mas não bombeia minimamente, nem penaliza o
comportamento da bicicleta carregada como estava. Antes pelo contrário, é o  componente que a torna diferente e que motiva a escolha de uma suspensão total para uma viagem em autonomia.

 

Um conjunto muito equilibrado para a bicicleta em questão, e uma boa escolha de componentes. Para além dos componentes já referidos, o pedaleiro duplo e as 10 velocidades resultam muito bem, facilitando umas mudanças rápidas e mais simples, sem ter de pensar muito.

 

Esta bicicleta é perfeita para:

Utilizador em busca de conforto mas numa bicicleta preparada para tudo, sobretudo eventos de endurance. É uma bicicleta polivalente, rápida e ágil, e por isso uma grande aposta em competição, mas sem nunca descurar o conforto, o que a torna a bicicleta ideal em eventos mais longos - Maratonas, provas por etapas, viagens.

 

Avaliação final:

Excelente. Não há comentários que possam transmitir o conforto de uma Epic, ainda para mais com uma roda 29, que a torna ainda mais confortável. É preciso conhecer a Epic para saber do que falo. Da mesma forma, é preciso experimentar uma roda 29 para se tomar consciência da sua agilidade e mais valia, e assim desmistificar a ideia pré-concebida de que a bicicleta não poderá ficar muito diferente das outras, ou de que fica grande demais! Quem experimentar, deixará de ter esta opinião!

 

 Nos andes!

 

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Publicado por Eupedalo às 11:57
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Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2011

Diário de Viagem da Patagónia Luso Expedition - Tierra del Fuego: a aventura continua

"A Patagónia não se esgotou no Chile. Na Argentina, a região PATAGÓNIA inclui a provincia da Tierra del Fuego. No dia em que começamos a pedalar, está um dia perfeito nesta ilha encantada: sente-se mais o sol do que o vento e isso é óptimo para a nossa moral. A ilha surpreende pelo verde e pelo relevo, ligeiramente acidentado, que quebra a monotonia dos largos horizontes.

 

 

 

Apenas tínhamos previsto 100kms, mas Onaissin não era mais do que uma estância muito solitaria, e por isso fomos obrigados a seguir para Cameron, onde chegamos esgotados por mais um longo dia. Daqui para o Lago Blanco, a chuva não dá treguas. Uma casa abandonada serve-nos de refúgio para trocar de roupa, beber algo quente e ficar por um bocado. Ao aproximarmo-nos do Lago Blanco, famoso pela pesca de truta, entramos num fabuloso bosque de “lengas”, um ecossistema único no coração da Tierra del Fuego.

 

 

Avistamos a Hosteria e só de olhar dá para perceber a exclusividade deste local. Agora temos dinheiro, mas nao é suficiente... Desesperamos, dialogamos, e equacionamos as variáveis. “No pasa nada”, o proprietário ajusta o preço a nossa medida. Mas dele também recebemos a notícia de que o Paso da Bela Vista, a fronteira para a Argentina, esta intransitável. Isto significava recuar no minimo dois dias. Impossível. Mais uma vez, “no pasa nada”. Não sabemos se será da latitude, da sorte ou da coincidência, mas o Sr. Alfonso tem de se deslocar para lá amanhã, e temos boleia garantida. Cada vez nos encanta mais a expressão “Que les vaya bien”. Vamos ter saudades deste país que não é o nosso.

 

 

No vigésimo dia da nossa viagem, já em solo argentino, de Rio Grande para Tolhuin, escolhemos sair do conforto do alcatrão outra vez e seguir pelo rípio ate ao nosso destino, bem no interior desta ilha. Em Tolhuin, na padaria “La Union”, local de encontro de ciclistas de todo o mundo, somos convidados a entrar e a ficar. Eis-nos no último dia, rumo a Ushuaia e ao fim do mundo. O que pensávamos vir a ser um dia mais fácil, revelou-se, como sempre aqui na Patagónia, mais um duro dia em cima do selim. Alcançamos, por fim, Ushuaia, a cidade mais austral do mundo. Tudo o que passámos, tudo o que sofremos, mas também tudo com que nos deliciamos, nao é condensável num parárafo. É preciso conhecer para opinar; é preciso visitar para assim não olvidar; É PRECISO PEDALAR PARA VIAJAR!

 

 

EPÍLOGO: Se fecharmos os olhos e imaginarmos um lugar, voltamos à Patagonia. Continuaremos a viajar porque precisamos; porque a bicicleta torna todas as viagens possíveis; torna-nos mais humanos e o mundo nao fica mais pequeno; fica, sim, mais real. RICARDO e FILOMENA P.S. A nossa principal motivação, desde o primeiro dia, foi saber que o valor ambicionado para doar a ONV foi plenamente alcançado no dia em que começámos a pedalar... Assim, nenhum quilometro foi em vão."

 

- Ricardo Mendes e Filomena Gomes, da Patagónia Luso Expedition.


Publicado por Eupedalo às 13:38
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Segunda-feira, 5 de Dezembro de 2011

Diário de Viagem da Patagónia Luso Expedition - do Parque Nacional das Torres del Paine até ao Estreito de Magalhaes

"Pela primeira vez em toda a nossa viagem seguíamos para norte. A direcção era o Parque Nacional das Torres del Paine para aí ficar junto de um dos seus muitos lagos existentes. Entramos no Parque como Liliputianos. Paredes de granito com mais de 2000 metros dominam a paisagem e todas elas são fustigadas pelo vento. A determinada altura, as pernas já nao respondem, a pulsação dispara, e só queriamos chegar ao nosso destino para acabar esta tortura física. No entanto, a Patagónia chilena tem muitos recursos capazes de nos parar ou congelar no tempo. Temos acesso a momentos de rara beleza quando cruzamos todos estes fiordes patagónicos. Ainda cansados, absorvemos cada pormenor, cada cor, cada relevo.

 

 

 

Não conseguiremos colocar tudo no papel, não conseguiremos lembrar-nos de todos os detalhes para mais tarde contar no nosso país. Nao tem importância, somos testemunhas deste tempo. Enquanto pedalamos, vamos tentando registrar o que vemos, porque aqui, o mundo era assim. A caminho do estreito, a “brisa” constante que soprava do Pacifico mantém-nos melhor acordados que uma boa caneca de café. Transidos de frio, seguíamos congelados para entrar neste dia na terra de Magalhães. Faz tempo que vemos esvoacar ao vento a bandeira que tem este nome. Eles sentem orgulho, nós também.

 

 

Bem cedo - com os neurónios dormentes do frio – ainda percebemos que iria ser um dia de puro alcatrão.Com tanta adversidade, era importante ir relembrando porque pedalamos. Ao longe, bem longe, um morro quebra o horizonte. Era Morro Chico. Olhando o GPS e o mapa, nao acreditava que tudo se resumia a 2 casas e 1 estaleiro de obra. Aqui é mesmo assim, estamos na Patagónia, já estamos habituados. Abrigados, tentamos comer algo mas somos alvos de uma curiosidade imensa. Pouco conversador e cheio de solidariedade, um cozinheiro chileno convida-nos a entrar para tomarmos algo que nos aquecesse. Com energia extra, fomos tentar arranjar abrigo muitos quilómetros mais a sul. Estava completo o único alojamento da villa Tehuelces. Só nos lembravamos, de que vale ter dinheiro se nao há nada para comprar nem conforto para se ter? A nossa vontade é da força deste vento. Só as palavras a conseguem imortalizar.

 

 

A estepe, quase infinita, ondulava e nada mais conseguíamos ver. Há muito que havíamos perdido as referências e a noção dos dias. O tempo deixa de fazer sentido. Colados ao Estreito de Magalhães, vamos avançando a conta gotas até Punta Arenas. A Patagónia chegou ao fim. Para ser compreendida, ela tem de ser vivida. Há beleza em todos os cantos, há luz e vento em todos os sítios. O barco hoje só parte as 15h30. Estamos numa pequena parte do porto que tem centenas de quilómetros. Temos os pés em terra firme junto à passagem dos 2 Oceanos. Passando o Estreito de Magalhaes, comeca a segunda parte da nossa aventura. Agora na Isla Grande de Tierra del Fuego."

 

 

- Ricardo e Filomena, da Patagónia Luso Expedition


Publicado por Eupedalo às 16:58
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Domingo, 27 de Novembro de 2011

Diário de Viagem da Patagónia Luso Expedition - Um Museu ao ar livre

"El Chalten é a capital nacional do Trekking e, apesar de ser pequena, esta povoação surpreende pela diversidade de produtos e servicos que oferece à comunidade de mochileiros e à multidão de aventureiros que por lá andam. O dia acordou limpo e com sol radioso. O cenário a preto e branco encontra-se mesmo a nossa frente e convence. Do Cerro Torre ao Fitz Roy, tudo é afiado, parecendo esculpido a duas cores. Nem a neve consegue fixar-se nas suas paredes.

 

 

Deixamos tudo para trás das costas e seguimos estrada fora, em direccao a El Calafate. O vento e os condores acompanham-nos. A estrada, agora de alcatrão, é sempre igual: rectas intermináveis, que passam junto a Estancias, autênticas quintas latifundiárias, onde nao se vê vivalma, requerendo uma grande dose de imaginação para compôr uma paisagem quase lunar de estepe patagónica.

 

Aos 90kms, no primeiro cruzamento, entramos por fim na igualmente famosa Ruta 40, ou Transpatagonica - ou será antes um longo, longo, caminho para lado nenhum?! No horizonte, a mesma sombra cinzenta com o azul do lago Viedma, que continuamos a contornar. Agora podemos contemplar o Fitz Roy durante horas. É uma vantagem contarmos com o vento para nos atrasar o movimento, para que assim os cenários nao desapareçam. Vemos tudo em camara lenta.

 

 

Desviamo-nos desta estrada para seguir rumo a El Calafate, onde iremos ter um dia de descanso para visitar o glaciar Perito Moreno. Dizer algo sobre uma massa de gelo formada há mais de 20,000 anos, com 70 metros de altura e 5kms de extensão, é manifestamente pouco... O espectáculo é grandioso: os blocos enormes que se desprendem e ecoam como explosões; a cor do gelo que perde a brancura nos dias nublados, para se tornar num azul irreal..."

 

- Ricardo e Filomena, da Patagónia Luso Expedition


Publicado por Eupedalo às 12:49
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Quarta-feira, 23 de Novembro de 2011

Diário de Viagem da Patagónia Luso Expedition - do Chile à Argentina em 6 dias

"“Felizes aqueles que acreditam sem ver”. Agora que aqui estamos, nao dá para acreditar. Nenhuma palavra, nenhuma imagem tem o dom de mostrar o que a nossa vista alcança. Estamos hipnotizados pela imensidão destes horizontes. Tem sido uma perfeita harmonia de paisagens imponentes que nos mostram a insignificância do ser humano perante a grandeza da natureza.

 

 

Volvidos apenas alguns dias nesta Carretera Austral, que atravessa todo o territorio chileno, depressa concluímos que nela só circulam jipes, pick-ups, mini bus e... nós! No entanto, todo o automobilista tem um gesto de saudação para connosco, um aceno de mão, embora a velocidade a que circulam lance uma nuvem de poeira sobre nós. “No pasa nada”, a beleza das montanhas e dos lagos em redor nao é beliscada pelo pó da estrada.

 

 

O substantivo “isolamento” não chega para traduzir as enormes e quase invencíveis distâncias que nos separam de qualquer povoado, ponto de abastecimento ou pessoas. Para estarmos hoje, dia 20, na Argentina, foi preciso forçar a sorte até ao limite: tinhamos de apanhar o único ferry boat da semana, num sábado, de Vila O’ Higgins para Candelario Mansila. Para atingirmos esse objectivo tivemos de percorrer quase 150kms pela noite dentro, para chegarmos ao fim da Carretera Austral, local de embarque do dito ferry. Nesta mítica estrada sul-americana, passaram-nos pelos olhos momentos de contemplação e introspecção que nos irão marcar para o resto da nossa vida. Deixamos aqui um pedaço de nós e levamos connosco a imensidão das paisagens mais famosas do planeta."

 

- Ricardo e Filomena, da Patagónia Luso Expedition


Publicado por Eupedalo às 17:50
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Domingo, 6 de Novembro de 2011

Pedalar na Patagónia, ajudando a Operação Nariz Vermelho - Partida!

Após longos meses de preparação, fotografias e entrevistas, é já no dia 12 Novembro que Ricardo Mendes e Filomena Gomes partem para a América do Sul, para pedalarem mais de 2000km e 28 dias em total autonomia pelas inóspitas regiões da Patagónia e da Terra do Fogo. Pelo caminho, já angariaram mais de 70% do valor da quilometragem a favor da Operação Nariz Vermelho, através da plataforma de angariação online de crowdfunding ( www.ppl.com.pt) Eles sabem que nenhuma viagem é longa demais quando um amigo os acompanha e por isso, todos podem seguir esta aventura em directo através do localizador de satélite SPOT, ler as reportagens na Visão Viagens ou ouvir ainda o programa do José Candeias na Antena 1.

 

Sigam a sua viagem neste blog!

 


Publicado por Eupedalo às 14:27
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Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011

Preparação para uma viagem de autonomia - por Filomena Gomes

 

 

 

 Aqui fica um artigo escrito por Filomena Gomes da Patagónia Luso Expedition acerca da preparação necessária para a realização de viagens de bicicleta em autonomia. "O Mundo é simples", escreve a Filomena, parafraseando Gonçalo Cadilhe. E não é que é mesmo?

 

 

 

 

 

"A preparação para uma viagem de bicicleta em autonomia não é nova para nós. Na verdade, há alguns anos que o fazemos. Começámos com pequenas viagens, de 2 ou 3 dias, e fomos evoluindo para viagens um pouco maiores, à medida que a paixão pelas viagens e pela bicicleta crescia. Primeiro andámos por Portugal, depois fomos até Espanha, percorrendo os vários Caminhos de Santiago e depois mais longe, pela Europa e não só.

 

Gostávamos que as pessoas percebessem e se convencessem que não é preciso ser dotado fisicamente para fazer isto; basta ser empenhado e esforçado. Também não é preciso ser rico ou dispor de grandes recursos financeiros para colocar em prática uma viagem em bicicleta; nós até somos adeptos do “low cost”, e poupamos o mais possível durante estas nossas viagens. Nem tão pouco é preciso estar desempregado ou abandonar o emprego ou a vida que se tem para poder viajar em bicicleta; basta guardar as férias a que se tem direito por lei e utilizá-las nestas viagens. Pois outra coisa não sabemos fazer e não gastamos nem férias nem dinheiro em cruzeiros, excursões ou viagens exóticas organizadas. A organização fazemos nós, os locais exóticos somos nós que os delineamos, com estudo de percursos/tracks de GPS, alojamentos, infra-estruturas existentes, tudo retirado da internet, de sites oficiais ou de blogs e fruto de muitos, muitos pedidos de colaboração com pessoas que sabemos já terem pedalado nos locais onde queremos ir. Estas pessoas são muitas vezes desconhecidas, que encontramos online, portugueses ou estrangeiros e após as sucessivas conversas via e-mail e trocas de informação, tornam-se verdadeiramente nossas conhecidas de há muito tempo!

 

“O mundo é simples”, é um título de um livro de Gonçalo Cadilhe, e é verdade! As pessoas estão dispostas a dar o que têm. Não só fornecem voluntariosamente a informação de que dispõem para ajudar quem quer viajar, como também, em viagem, as pessoas que se encontram por esse mundo fora são, regra geral, amistosas. Convidam-nos para sua casa. Oferecem de comer e de beber. Conversam. Apreciam e admiram. Gostam de saber e de conhecer. Incentivam. E são generosas e bem-intencionadas. Independentemente do local do mundo. Os viajantes em bicicleta não são alvos a abater. Pelo contrário, chamam a atenção pela simplicidade do seu meio de transporte e não atraem a cobiça alheia, pois são encarados como gente despojada de grandes bens. Por isso, atrevam-se, partam e não receiem pois quem não se atreve, mais tarde lamentará não o ter feito…

 

Viajar de forma simples significa também ser simples na bagagem, sobretudo quando temos de carregar tudo numa bicicleta! Assim, basicamente, o que carregamos para uma viagem de 3 dias é o mesmo que carregamos para uma viagem de 1 mês, por estranho que possa parecer! A roupa lava-se diariamente e há truques para ajudar à secagem. Como na montanha, funcionamos por camadas, consoante as temperaturas médias normais em certo local e certa altura do ano. Na Patagónia, mesmo sendo transição Primavera/Verão, esperamos frio e vento, muito… Levamos os excelentes equipamentos térmicos MoveFree/Cofides:  dois equipamentos para… 28 dias! Alguns acessórios a mais devido ao frio com que contamos, por exemplo: buffs e passa-montanhas, luvas e meias mais quentes, um polartech como abafo extra. De resto, nada de muita roupa casual, uma única muda e par de sapatos chegam.

 

Também temos de ser simples e contidos nos artigos de higiene e dormida. Bolsas, “necessaires” e carteiras só fazem peso e volume; há que acondicionar tudo em sacos de plástico e ter o cuidado de transportar roupa e saco-cama (forçosamente de pequeno peso e volume) em sacos estanques, para o caso de chuva.

 

A nossa preparação física não é específica. Desde há vários anos que temos hábitos desportivos diários. Sabemos que estamos fisicamente preparados porque temos experiência e, por isso, temos noção do que é pedalar dias e dias seguidos, numa média de 100kms diários, com alforges a pesar 10 ou 15kgs, com chuva, frio e vento, ou com calor abrasador. Na realidade, o factor físico é aqui secundário. O principal é o factor psicológico, é a determinação mental em prosseguir, aconteça o que acontecer, o caminho é para a frente. Ninguém fica no meio de uma montanha ou de um deserto. Se ficar, por motivo de uma avaria ou intempérie, há que manter a calma, analisar a situação e decidir em conformidade. Mas tudo tem solução e há que ser forte, flexível e ter espírito de sacrifício. Ninguém se perde, pois os preciosos GPS Garmin indicam o caminho a seguir, bem como as estradas/vias alternativas existentes por perto.

 

O mais importante é acumular experiência, a todos os níveis, e testar e experimentar tudo, a nível de material, até ao limite. Nós levamos as excelentes bicicletas 29er para um território inóspito e onde será difícil encontrar sobressalentes para este tipo de rodas. Por isso, vamos carregar o
material de substituição específico. Chama-se a isso precaução. Mas é impossível levar tudo, o bom senso é fundamental.

 

Manter o espírito aberto, ser optimista, permeável ao que nos rodeia e bom observador, são estas as chaves para qualquer viagem em bicicleta. Uma certa dose de audácia, boa disposição e pronto!"

 

- Escrito por Filomena Gomes, que faz parte da Patagónia Luso Expedition juntamente com Ricardo Mendes. Os dois vão percorrer 2200KM em 28 etapas pela patagónia e benefício da Operação Nariz Vermelho. A sua meta é angariar 1€ por cada quilómetro percorrido, num total de 2200.00€.  O dinheiro angariado reverte inteiramente a favor da Operação Nariz Vermelho. Contribuam em http://ppl.com.pt/investment/patag-1020.

 

Mais sobre o projecto em:

 

 


Publicado por Eupedalo às 12:44
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